Este estudo ocupa-se da perspectiva psicanalítica frente à Anorexia Nervosa, conhecida como um sintoma alimentar que tem como característica principal a alteração em relação ao peso e a imagem corporal, acompanhada intimamente do medo excessivo de engordar. O objetivo do estudo é descrever a Anorexia Nervosa numa perspectiva psicanalítica. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica de cunho descritivo e abordagem qualitativa, revisando publicações cientificas no período dos últimos 10 anos, salvo os clássicos. Os resultados apontam elaborações acerca da Anorexia Nervosa apresentar fatores psicológicos, o que a torna praticável, isto é, ela tem o propósito de realizar algo que não seja apenas o quadro de emagrecimento, ou seja, o autor Sigmund Freud aponta nas relações interpessoais, o outro é colocado como objeto libidinal. O que ocorre é que, ao se apresentar não completamente disponível para o sujeito, a parcela libidinal é retirada desta relação. É possível afirmar que a etiologia desse caso ainda é desconhecida, porém autores tais como Sigmund Freud, Melanie Klein, Jaques Lacan, citam diversos fatores intervenientes e condições facilitadoras para o desenvolvimento de tal transtorno, a título de exemplo, a constituição subjetiva, protestos e impasses na separação com o Outro, bem como, a identificação com o objeto. Esse trabalho se norteou de estudos sobre a Anorexia Nervosa ao longo da história, o processo de constituição subjetiva e relações familiares, e a estruturação dos sintomas da Anorexia Nervosa. Entende-se que tais aspectos são fatores associados e determinantes quando relacionados a estruturação desse transtorno. Por conseguinte, o sintoma da anorexia aponta a maneira do sujeito tentar lidar com a falta do Outro, buscando essa carência posteriormente em situações substitutivas à vivenciada enquanto criança.