O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, tipo revisão de literatura, com o objetivo de relacionar o uso prolongado de glicocorticoides com o desenvolvimento da Síndrome de Cushing. O cortisol é um hormônio produzido nas glândulas suprarrenais, precisamente na zona fasciculada do córtex adrenal, essencial para a vida, exercendo várias funções sobre o metabolismo dos carboidratos e lipídeos. Os fármacos glicocorticoides, atuam sobre o sistema orgânico e, em detrimento de suas ações, encontra-se entre a classe de fármacos mais utilizados na terapêutica, sendo um potente anti-inflamatório e imunossupressor. Pesquisas mostram que o uso prolongado e indiscriminado de medicamentos glicocorticoides para tratamento de reações alérgicas, inflamatória ou qualquer processo patológico que desencadeia uma resposta de autodefesa pelo nosso organismo, pode levar ao desenvolvimento da Síndrome de Cushing. A Síndrome de Cushing é uma doença caracterizada por vários sinais e sintomas tais como depósitos de gordura no corpo, estrias na pele, emagrecimento e cicatrização lenta, provocados por uma desordem endócrina causada por elevados níveis de cortisol no sangue, o que acontece em caso de pacientes expostos ao uso dos glicocorticoides. O tratamento da Síndrome de Cushing tem como finalidade reduzir e tornar inalterável os níveis de cortisol. Se a doença estiver sendo estabelecida por causa do uso de medicamentos glicocorticoides, o profissional capacitado deverá suspender de forma gradativa a medicação, até conseguir maneiras diferentes de tratar a doença que precisava do uso com esta terapia. Percebe-se que o uso crônico dos glicocorticoides pode desencadear o desenvolvimento da Síndrome de Cushing, sendo de suma importância que as pessoas que utilizam esses medicamentos, sejam orientadas quanto aos efeitos secundários pelo farmacêutico ou profissional capacitado, pois a doença se desenvolve silenciosamente e acarreta serias complicações ao organismo.